Não sei quantos, ao certo. De fora, parecia bastante gente. Dentro do Morumbi, porém, era bem menos do que esperavam. Contavam com 20, 30 mil pessoas. Não passaram de cinco. Acontece.
Era uma gente barulhenta, que se cumprimentava de um modo pouco convencional. Um tal de “Bora Baêa” de cá, respondido por um “Bora Baêa minha p...” de lá. Nada mais original, convenhamos. O clima para a festa parecia pronto. Ia ter até show!
Não vi Paul, mas posso dizer que vi Ricardo Chaves. E o cantor não deixou a desejar. O Bahia, claro, fez o que costuma fazer nessas ocasiões. Frustrou sua torcida. 2 a 0 Braga, mas poderia ter sido muito mais. Quem estava por lá, sabe disso. Vaiaram, pediram o dinheiro de volta, especularam sobre a mãe do bandeira – para alguns, desejada, outros, virgem, até que alguém sentenciou a discussão: na verdade, estava no brega. O debate só acabou quando os alto-falantes começaram a ecoar.
E põe insistência nisso. Praticamente suplicavam. Ninguém deveria sair ao fim do jogo. “Apesar do resultado, o show iria continuar”. Show? Mas que show? Do Bahia, é que não era, brincava a torcida. Perguntavam se aquilo em campo não era bobinho. Nessa altura, já estavam atrás de motivo para seguir com a farra. Obviamente, encontraram. No Vitória, como não poderia deixar de ser. Com a derrota, a equipe tricolor havia deixado escapar o vice, marca do rival.
Aliviado, Ricardo Chaves justificava. “Tudo tem um motivo”. E cravava. “É carnaval até o início da Série A”. Não ouse duvidar, amigo. A torcida do Bahia vem aí. Pronta para mais invasões.
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