quarta-feira, 14 de julho de 2010

SE NÃO GUENTA... por Vitão (Victor Hugo)





O ano era 2003 e após parceria firmada entre o Canal #Alcoolatras (sala de bate-papo do extinto MIRC) e o Fã-Blog RC tomamos conhecimento de uma micareta chamada Carnaxelita que ocorreria em Currais Novos, cidade que dista aproximadamente 192 km de Natal.

Nossa aventura (minha, de Neneto e de Thiago Bucho) começou deste da captação de recursos para, a qualquer custo – ou quase – participarmos desta micareta, pois curtir RC numa micareta e sabendo que além da oportunidade de conhecermos as meninas de Fortaleza membras (ou membros?!) do blog poderíamos beber muito e quem sabe nos “relacionarmos” com as gatas que segundo nos informaram o Carnaxelita atraía.

R$ 100,00, isso mesmo, R$ 100,00 era a soma dos recursos dos 3. E essa quantia deveria bancar transporte, hospedagem, bebidas e abadás. Seria uma nova versão da multiplicação do pão? Um detalhe que vale a pena ser ressaltado é que não haviam mais vagas nas pousadas e mesmo que houvesse o dinheiro não daria.

Chegamos em Currais Novos numa viagem emocionante em companhia de Carol, Mariana Golfinho – que ainda não conseguiu me explicar o que ocorre com os sapos no verão – e a mãe de Carol por volta do meio dia. Nossas acompanhantes de viagem já possuíam suas reservas em pousadas, e nós a cara (de pau) e a coragem.

Na rodoviária de Currais as meninas se despediram de nós e logo nos veio a indagação: “E agora?! Fudeu!”. Eu, não mais que de repente, falei: vamos procurar um canto barato para nos alimertarmos pois “saco vazio não para em pé”. Almoçamos num PF deixando a carne pro final para comê-la com as 3 cervejas que beberíamos após o almoço.

Eis que no momento desse almoço surgi em nossa frente uma bêbada que era minha conhecida de estágio – a gente nem se falava no estágio hauhauhahauhaha - e a beba diz: menino, tu por aqui? E eu para parecer simpático respondi: E tu?! Já tá bêbada? E a beba respondeu: Não! Ainda to bêbada de ontem!

Em meio a boas gargalhadas com a bêbada ela pergunta onde ficaríamos hospedados e eu respondi: “(8)No chão da praça...”

Ela disse: Não! AMIGO meu não fica desamparado. Vamos lá pra casa. Tive vontade de perguntar desde quando éramos amigos, mas resolvi não correr o risco de perder a oferta.

Chegando na casa da minha nova amiga encontramos além dela 2 mulheres e 3 homens. Logo, pensamos, aqui pra gente não sai nada. Aqui é jogo de cartas marcadas. Fomos apresentados aos amigos e um deles prontamente nos convidou para beber num bar em frente a casa chamado Lêrrê.

Eis que surge mais uma surpresa. O bar era GLS, os 3 caras da casa eram gays e a gente investiu nas gatinhas. Mas o jogo não saiu do 0 x0. O bom é que os gays não nos deixaram pagar a conta no bar.

Nesse mesmo bar recebemos a visita de Carol, Natalia, Renata, etc.

A partir desse ponto da história serei menos preciso pois já estávamos bêbados. O fato é que ganhamos da produção do evento salvo-engano 3 abadás, e pegamos 2 abadás das bêbadas da casa para vender. Vendemos um e o outro troquei por R$ 20,00 mais um beijo de uma gatinha desesperada por RC.

Com o escambo de abadás conseguimos dinheiro para jantar numa pizzaria e de lá fomos convidados a nos retirar pelo simples fato de termos começado a cantar musicas de RC e todos do bar nos acompanharam aos gritos. Para esse episódio da pizzaria peço que Carol faça suas considerações pois ela passou, nos viu e tinha melhor condição de lembrar de algo. Lembram de Presuntinho?!

RC começou os primeiros acordes no trio, estávamos todos embriagados de alegria (e de cachaça também) e pudemos constatar que o carnaxelita possui a “pipoca” mais bonita do Brasil. Saímos do bloco praticamente direto para o ônibus de volta a natal mas toda essa aventura compôs uma das melhores viagens de nossas vidas.



ADENDO DE CAROL: Presuntinho era o DONO da pizzaria em questão. Um senhor baixinho, quase careca, gordinho e quando ficava nervoso sua cabeça parecia um PRESUNTO de tão vermelha. Daí o codinome. E sim, Eu e Mari passamos em frente, procurando um lugar pra jantar, mas a gritaria, as músicas e batidas na mesa eram tão altas, que fingi que não conhecia os meninos, kkkkkkkkk.


PS: Vitão, o Lêrrê era GLS? Disso eu não sabia não, ó!

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